SIMULADO 07 - LÍNGUA PORTUGUESA 3ª SÉRIE EM


Simulado 07 - Língua Portuguesa 3ª SÉRIE EM SPAECE

Leia o texto abaixo.

O marinheiro que tocava tuba

Tendo nascido no interior do Ceará, como foi acabar sendo regente?

Nasci no Iguatu, porque meu pai trabalhava naquela época nessa cidade, numa função muito delicada e até pejorativa: a de delegado de polícia. Na época, havia uma espécie de guerra no Ceará, com intervenção federal.

[...] E, como ia sendo expulso de tudo quanto era escola, meu pai resolveu me colocar na Escola de Aprendizes de Marinheiros. Aí a coisa mudou. A escola, naquela época, era semicorrecional. Meu pai advertia: “Agora você toma jeito”.

Éramos 14 irmãos, dos quais eu era o quinto, pela ordem. Família “pequena”, como veem. Oito homens, seis mulheres.

Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

01. (D20) As aspas empregadas na palavra “‘pequena’” dão à palavra um tom

A) coloquial.

B) crítico.

C) irônico.

D) metafórico.

E) técnico.

Leia o texto abaixo e responda.


Disponívelem:http://www.blogtemposmodernos.com.br. Acesso em: 10 de maio, 2012

02. (D4) De acordo com a tirinha, a fala do personagem revela que ele está

A) ansioso.

B) aterrorizado.

C) constrangido.

D) irritado.

E) envergonhado.


Leia o texto abaixo.

Anúncio do zoornal I

Troca-se galho d’árvore

novo em folha, vista pra mata

por um cacho de banana

da terra, nanica ou prata.

CAPARELLI, Sérgio.

03. (D2) Infere-se desse texto que quem faz a proposta da troca é um

A) cachorro.

B) homem.

C) leão.

D) macaco.

E) pássaro.


Leia o texto abaixo.

Pontos de negócio

Projetos empreendedores no Brasil ganham destaque em programa de TV

Enquanto um grupo de homens e mulheres da mineira Cataguases reaproveita sobras de tecidos para criar roupas, uma índia percorre os 180 quilômetros entre Boa Vista, onde mora, e sua aldeia na Raposa Serra do Sol para pegar barro e produzir, artesanalmente, panelas e travessas, segundo uma tradição centenária. Trajetórias que, apesar das diferenças, têm um aspecto em comum: a capacidade que o brasileiro tem de empreender até quando tudo parece conspirar contra.

Essas (e muitas outras) histórias estarão na nova temporada da série “Cultura ponto a ponto”, da TV Brasil, elaborada a partir do Cultura Viva, programa de apoio do Ministério da Cultura (MinC) a iniciativas culturais, para que se tornem sustentáveis. O SEBRAE é parceiro no programa: no Rio, por exemplo, ajuda o agente cultural a elaborar projetos para concorrer à seleção do MinC e, aprovados, a se tornarem viáveis em três anos.

A nova série da TV Brasil vai apresentar 26 episódios, cada um com meia hora de duração, que darão um panorama detalhado, em formato de documentário, de 60 dos 1500 “pontos de cultura” registrados pelo governo federal em todo o país.

– Os pontos de cultura são uma tentativa de articular e impulsionar, por meio de suporte técnico e financeiro, ações que já existem nas comunidades e que envolvem arte, cidadania, cultura e educação – explica Célio Turino, secretário da Cidadania Cultural do MinC.

– Não importa se é numa grande metrópole, nos pampas, no sertão ou na Amazônia. A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente – diz a produtora executiva do “Cultura ponto a ponto”, Flávia Maggioli.

O GLOBO, 5/07/ 09. Caderno Boa chance. Adaptado. Reforma ortográfica.

04. (D3) No trecho “A ideia é mostrar a garra e a capacidade de organização da nossa gente ...”, a palavra garra foi usada com o mesmo sentido de

A) animação.

B) determinação.

C) ferocidade.

D) habilidade.

E) produtividade.


Leia o texto abaixo.

Entenda sua letra

Ana Cecília Amado Sette, psicopedagoga especializada em grafologia (técnica que analisa o perfil da personalidade por meio da escrita), há trinta anos pesquisa e trabalha para grandes empresas, elaborando laudos psicológicos sobre profissionais e candidatos a empregos. A especialista explica que, assim como os rabiscos, a letra tem o poder de revelar o caráter e os atributos das pessoas. “A escrita é o resultado de processos neurológicos, físicos, psíquicos e emocionais, numa perfeita combinação entre cérebro, na sua forma concreta, e mente, no seu lado abstrato”, define a grafóloga.

Quando se requisita um teste escrito para avaliação de um candidato a promoção ou admissão para um cargo, a redação é obrigatória. Em geral, os pretendentes sabem que serão analisados, e a maior preocupação é causar boa impressão, seja no aspecto formal como no pessoal. Contudo, depois de alguns minutos, a escrita se torna automática e inconsciente: é a partir daí que se colhem as informações que escapariam do campo de observações dos melhores entrevistadores.

Conforme Ana Cecília, num texto de uma página e meia, um grafólogo é capaz de identificar mais de 300 particularidades. A letra revela desde doenças, dependências químicas e dramas familiares, até energia, equilíbrio emocional, empreendedorismo, capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal, concentração, flexibilidade, além de iniciativa e organização entre outros. “Os índices de acerto são impressionantes, chegando a 90%”, informa a especialista.

Revista Viva Saúde, Ed. Escala, n. 65. p. 59.

05. (D17) No trecho “A especialista explica que, assim comoos rabiscos, ... “, a palavra destacada estabelece relação semântica de

A) causa.

B) comparação.

C) conformidade.

D) consequência.

E) proporção.


Leia o texto abaixo.

Resiliência

A arte de dar a volta por cima

“Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender com

eles.

Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o movimento e não caiam ao chão.

O capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”.

Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital.

Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam continuamente. E assim ficamos brigando contra o ... tempo!

KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010,Ano 38, Edição 449, p. 60-61. Fragmento.

06. (D14) No trecho “Juntam-se a isso...”, a palavra destacada refere-se

A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.

B) ao trânsito caótico nas grandes cidades.

C) às notícias ruins veiculadas pela mídia.

D) às necessidades vitais das pessoas.

E) às várias decepções do dia a dia.


Leia o texto abaixo e responda.

Sobra talento, falta experiência

Crianças e adolescentes brilhantes em suas áreas de atuação começaram a se destacar no mundo do trabalho. Segundo especialistas, isso não é saudável.

Patrícia Diguê

(...) Apesar de o acesso cada vez mais fácil à informação possibilitar o surgimento de experts juvenis nas mais diferentes áreas, ainda não se descobriu como ensinar maturidade. “Só com a experiência se constrói a maturidade e uma pessoa jovem sempre vai precisar do suporte de um adulto enquanto está formando a dela”, afirma o educador Sidnei Oliveira, especialista em conflito de gerações e autor do recém-lançado “Geração Y”. “É até perigoso pensar que só porque uma criança demonstra brilhantismo em alguma área está madura para outros aspectos da vida”. Para Oliveira, é normal que a nova geração manifeste cada vez mais cedo seus talentos, já que está superestimada pelos meios de comunicação. Assim como tenha mais facilidade de divulgar suas atividades, graças à tecnologia. Mas isso não significa que ela esteja madura para assumir posições em qualquer área. “Maturidade não tem nada a ver com habilidade”, sentencia.

Há, inclusive, questões físicas a clamar pela desaceleração desse processo. “Algumas atividades requerem amadurecimento neurológico. O cérebro simplesmente não está preparado para tudo enquanto não atinge certo nível”, diz a professora de filosofia da ciência da Universidade de São Paulo (USP), Zélia Ramozzi. Uma criança, por exemplo, pode aprender facilmente a dirigir um carro, mas não tem noção do perigo que ele representa para as pessoas que passam na frente dela. (...)

Isto É, 02 de junho de 2010. Ano 34, nº 2116

07. (D13) Entende-se, a partir da leitura do texto, que

A) a autora discorda da opinião do educador e da professora.

B) a autora concorda com a opinião do educador e discorda da professora.

C) a autora concorda com a opinião do educador e da professora.

D) o educador discorda da opinião da professora.

E) o educador discorda da opinião da autora e da professora.


Leia o texto abaixo.

O grande sábio e o imenso tolo

Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultice, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:

– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.

Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.

– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.

Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.

– Está bem – concordou o professor –, pode começar.

– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

O professor, sem sequer pensar, respondeu:

– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.

– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.

– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.

MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.

FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.

08. (D23 Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem coloquial é:

A) “O professor aguentou o quanto pôde...”

B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”

C) “Ah, mas isso é injusto!”

D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”

E) “–Tá bem, eu pago as cem pratas.”


Leia o texto abaixo.

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo — aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro, 1990.

09. (D2) Com base nesse texto, observa-se que o autor lembra mais fortemente

A) da casa em que morou.

B) da casa dos Martins.

C) das enchentes da infância.

D) do café tarde da noite.

E) dos colegas de infância.


Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

O tabaco consome dinheiro público

Bilhões de reais saem do bolso do contribuinte para tratar a dependência do tabaco e as graves doenças que ela causa.

A dependência do tabaco também aumenta as desigualdades sociais porque muitos trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde, gastam com cigarros o que poderia ser usado em alimentação e educação. Em muitos casos, com dinheiro de um maço de cigarros pode-se comprar, por exemplo, um litro de leite e sete pães. Para romper com esse perverso círculo de pobreza, países no mundo inteiro estão se unindo através da Convenção-Quadro de

Controle do tabagismo e os graves danos que causa, sobretudo nos países em desenvolvimento. Incluir o Brasil nesse grupo interessa a todos os brasileiros. É um passo importante para criar uma sociedade mais justa.

Propaganda do Ministerio da Saude. Brasil um pais de todos.GovernoFederal,2004.Disponivelemhttp://estudosnutricionais.blogspot.com.br/2014/01/otabacoconsomedinheiro-publico.html. Acesso 02/04/2015.

10. (D6) Os países no mundo inteiro estão se unindo porque

A) querem melhorar os índices de desenvolvimento no mundo inteiro.

B) constataram que bilhões de reais são consumidos com o tabagismo.

C) querem controlar o tabagismo e diminuir a desigualdade social.

D) reconheceram a urgência de ações para garantir a saúde dos dependentes.

E) descobriram que a dependência do tabaco aumenta a desigualdade social.


GABARITO

01/C 02/B 03/D 04/B 05/B 06/A 07/C 08/E 09/C 10/C


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