SIMULADO 04 - LÍNGUA PORTUGUESA 3ª SÉRIE EM

Simulado 04 - Língua Portuguesa 3ª SÉRIE EM SPAECE

Leia o texto abaixo.

VALSINHA

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar.

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar.

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais...

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu

Em paz.

HOLANDA, Chico Buarque de. In: Construção. CD Philips. 1971.

01. (D18) De acordo com esse texto, a felicidade do casal fez com que

A) a cidade se iluminasse.

B) a vizinhança despertasse.

C) a mulher ficasse bonita.

D) o dia amanhecesse.

E) o mundo compreendesse.


Leia o texto abaixo e responda.

Língua

Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís Camões

Gosto de ser e de estar.

E quero me dedicar a criar confusões de prosódia.

E uma profusão de paródias.

Que encurtem dores.

E furtem cores como camaleões.

Gosto do Pessoa na pessoa.

Da rosa no Rosa.

E sei que a poesia está para a prosa.

Assim como o amor está para a amizade

e quem há de negar que está lhe é superior?

E deixe os Portugais morrerem à míngua

“Minha pátria é minha língua”

Fala Mangueira! Fala!

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó.

O que quer

O que pode esta língua?

[...]

Caetano Veloso

02. (D15) A tese defendida pelo autor do texto é que

A) a língua portuguesa está repleta de dificuldades.

B) autores de língua portuguesa têm estilos diferentes.

C) a pátria dos falantes é a língua, superando as fronteiras geopolíticas.

D) na língua, é fundamental a associação de palavras para criar efeitos sonoros.

E) Mangueira é uma legítima representante dos falantes da língua portuguesa.


Leia o texto abaixo.

O estresse faz bem

A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.

Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o espinafre para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.

WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado: Reforma ortográfica. Fragmento.

03. (D23) O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho:

A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...”

B) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.”

C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, ...”

D) “... funções como a memória acabam prejudicadas.”

E) “O segredo estaria em levar uma vida saudável...”


Lembretes para o vestibulando

1. Parte do sucesso de sua prova depende de seu equilíbrio físico e mental, já que você deverá se concentrar nas questões por um longo período de tempo.

2. Antes da prova, alimente-se com moderação, dando preferência a alimentos naturais e leves, de digestão fácil.

3. Não estude na véspera da prova. Dê preferência a atividades que ajudem no relaxamento e vá dormir mais cedo.

4. Programe-se para chegar com bastante antecedência ao lugar da prova e evitar, assim, momentos de ansiedade.

5. Durante a prova, dê preferência à resolução imediata das questões que lhe pareçam mais simples.

6. Ao final da prova, não deixe de conferir se respondeu a todas as questões e se transferiu todas as respostas para a folha indicada.

04. (D12) O texto tem como finalidade:

(A) ordenar pelo grau de importância as providências a serem tomadas pelo vestibulando.

(B) prevenir o vestibulando para enfrentar situações imprevisíveis durante a prova.

(C) orientar o candidato em relação ao método de estudo mais eficaz para a sua preparação.

(D) instruir o vestibulando quanto às providências prévias e às relacionadas ao momento da prova.


05. (D1) De acordo com o texto, o vestibulando deve

(A) alimentar-se moderadamente, chegar na hora e conferir as respostas.

(B) alimentar-se moderadamente, chegar com antecedência e resolver antes as questões mais simples.

(C) manter o equilíbrio físico e mental, estudar bastante e controlar a ansiedade.

(D) dormir bem, resolver antes as questões mais difíceis e conferir as respostas.


Leia o texto abaixo.

A vida sem casamento

Afinal, o que as mulheres querem? No campo das aspirações femininas mais fundamentais, essa é uma pergunta facílima de responder. Por razões sociais, culturais e biológicas, a maioria absoluta das mulheres aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir família e, por intermédio dos filhos, ver cumprido o imperativo tão profundamente entranhado em seu corpo e em sua psique ao longo de centenas de milhares de anos de história evolutiva.

A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais um calendário fixo para que isso aconteça. A formidável mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do último século, com o processo de emancipação feminina, o acesso à educação e a conquista do controle reprodutivo, permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “programação” materno-familiar. As mulheres que dispõem de autonomia econômica e vida independente não são mais consideradas balzaquianas aos 30 anos – apenas 30 anos! -, encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas irremediavelmente à condição de solteironas, quando não agregadas de baixíssimo status social, melancolicamente mexendo tachos de comida para os sobrinhos nas grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado.

Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno florescimento, com um ou mais títulos universitários – e um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o jeans de cintura baixa ou o biquíni nos intervalos dos compromissos de trabalho. Além de fora de moda, o termo pode ser até ofensivo. O contraponto a esses avanços é que, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento, mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo.

Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006 (Fragmento)

06. (D2) A principal informação desse texto é que as mulheres

A) aspiram casar-se e construir família.

B) desejam, através de seus filhos, perpetuar a evolução.

C) dispõem de autonomia econômica.

D) enquanto avançam no profissional, adiam o casamento.

E) tem se preocupado mais com a forma física.


Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens 07 e 08.

A turma da Mônica em defesa das florestas

Toda nossa alegre turminha está mais triste... e veste luto a partir de hoje.

Tudo porque alguns congressistas (Políticos, em Brasília) resolveram mudar umas leis que ainda protegiam pouquinha coisa: nossas florestas, nossas matas, nosso verde, nossos rios.

E se essa nova lei passar pelo congresso (for aprovada pelos deputados, pelos senadores e pelo presidente), o Brasil vai perder tantas florestas, tantas áreas verdes que uma área do tamanho da Espanha vai virar pasto e depois deserto.

O que vai se somar às áreas já desmatadas criminosamente até agora.

Vamos perder qualidade de vida, oxigênio para as gerações e o respeito do mundo.

Se... o novo código florestal passar.

Leia tudo o que está sendo publicado a respeito, veja como pode se engajar na defesa das nossas florestas, da nossa qualidade de vida futura e participe. Lute contra essas ameaças que talvez sejam as mais sérias que já surgiram contra nossa civilização, contra a raça humana.

Maurício de Souza, 12 de maio de 2000 – site Maurício de Souza. Agosto de 2000


07. (D10) A finalidade principal desse texto é

A) expor os detalhes da lei de proteção às florestas.

B) solicitar aos leitores que lutem pela aprovação da nova lei.

C) Informar sobre os danos referentes à aprovação da nova lei.

D) divulgar aos leitores a nova lei de proteção às florestas.

E) Instruir os leitores a elaborar a lei de proteção às florestas.


08. (D14) No trecho “O que vai se somar às áreas já desmatadas...”, o termo destacado refere-se

A) às florestas.

B) ao deserto.

C) à nova lei.

D) ao verde.

E) à Espanha.


Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.


Disponivelemhttps://www.google.com.br/search?q=historia+em+quadrinhos+O+Vendedor&rlz. Acesso em 02 /04/2015.

09. (D4) Nos dois primeiros quadrinhos da tira, percebe-se que o menino

(A) entrega o seu produto ao cliente.

(B) efetiva a venda de sua mercadoria.

(C) oferece a sua mercadoria aos gritos.

(D) agradece de imediato a oferta do cliente.

(E) discute o preço do produto com o cliente.


Leia o texto abaixo.

O cavalo e o burro

Cavalo e burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!

Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:

— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.

— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar com as quatro?

Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

— Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga das quatro arrobas mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem da sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.

— Bem feito! — exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora...

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

10. (D17) O trecho que apresenta a mesma relação estabelecida pela expressão destacada em “Em certo ponto, o burro parou...” é

A) “...o remédio é repartirmos o peso irmanamente...”

B) “O cavalo pilherou de novo...”

C) “Logo adiante, porém, o burro tropica...”

D) “... sem demora arrumam as oito arrobas...”

E) “...dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.”


GABARITO

01/A 02/C 03/A 04/D 05/B 06/D 07/C 08/B 09/C 10/C

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